Meu tempo interior
não é amarelo
é vermelho
como o sangue quente
que jorra
das carnes do açougue
tentando sobreviver
aos últimos minutos
antes da morte.
Vermelho
ele pulsa
a cada segundo
que passa
e a cada segundo
que fica.
Ficam os beijos
ficam as noites
ficam os dias
todos ainda vividos
dentro deste vermelho rubro
do meu coração,
se a cor do mundo é amarela
como o tempo mal-vivido
cheio de tédio
adormecendo
em praças
e películas de filmes antigos
amarelando
apodrecendo
passando
em cada passo do relógio.
Eu tomo o gole vermelho
de um vinho
para misturar
com este tempo amarelado
o vermelho quente
que se acende
sempre ténue
dentro de mim
como uma chama
nem vermelha
nem amarela
mas laranja.
*Inspirado no poema de Renato Carneiro Campos-Tempo Amarelo
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
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