segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Perdão

Nem mesmo as palavras bastam
Perdi o hábito
Este que me quer agora ao contrário
Antes viver e escrever
Agora viver e esquecer.
Aprendi o ritmo das ruas
Do gole desenfreado
Com ânsia de se embriagar,
É tanto que quando me embriago
Esqueço da beleza do efeito
Esqueço que um belo poema poderia dar
Este segundo do gole do teu beijo.
Não escrevo e vivo
Antes morreria para escrever
As palavras fugiram
Estão com raiva de mim
Embebedaram-se em algum bar esperando por minha volta,
E eu como a mulher que traiu
Volto e peço perdão
Só me sinto feliz perto das palavras.

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