sexta-feira, 7 de setembro de 2007


Enquanto as imagens passavam finalmente pelas vidraças do ônibus eu senti que tudo estaria bem quando enfim repousasse em seus braços. Segurei o choro e pensei em parar de pensar. Queria lhe dizer tudo que passara e que me sufocara. Primeiro lhe encontrar, lhe abraçar, lhe sentir, sentir o gosto da sua boca, dos seus pêlos no meu rosto, seus cabelos leves passando pelas minhas mãos, encostar no teu peito e sentir o seu cheiro sem artificialidades.
Pensei nisso tudo e quando enfim cheguei ao nosso ponto de encontro meus olhos pularam em direção à sua imagem, que como sempre era calma e confortante. Desci do ônibus e ultrapassando os transeuntes que nos impedia de nos encontrarmos mais rápido, lhe abracei o mais profundo que podia até que minha alma se aconchegasse a sua, senti seu gosto, olhei nos seus olhos de alegria e me senti em paz. Estávamos juntos de novo. E tudo que se passara, se passara, como as imagens que passavam pelas vidraças do ônibus.
E enquanto passeávamos juntos abraçados sentindo nossa saudade se matar, contando tudo que tentava impedir nossa felicidade, senti que nada poderia nos atrapalhar, nem mesmo o final não visto do filme, nem mesmo minha impaciência, nem mesmo o gosto do choro na minha garganta, nem mesmo as outras pessoas que teimavam em ser infelizes.

2 comentários:

Jhon disse...

Realmente muito bom!
Esse, até então, é o meu preferido de sua autoria ^^
Espero ter muitos outros prediletos!
Beijos!

Uyara Vasconcelos disse...

adorei os textos rafaella, sao otimos ^^

* pelo menos ja axei uma coisa boas nas malditas atualizacoes do orkut ;p
^^

xeru ;*