Pintaram uma flor no chão
como a de Drummond,
Furou a rua
por uma passagem
e não houve cassetetes a impedir
os corações tragados pela vontade de mudar.
O sol continuou quente
e não feriu.
Fardas negras
seriam um confronto
para a liberdade
que também quis passar.
Lutar
e ter liberdade
ainda podemos?
Ainda seremos jovens
e resistiremos?
E tudo isso adiantará?
Perguntas para todos
respostas para poucos,
mas não há medo que derrube
a vontade de tentar,
mesmo que ela fuja
para casa
quase todos os dias.
E todos continuam a caminhar
continuam a buscar
um caminho.
E peço mais flores,
flores para os que não conseguem sentir,
flores para sentir
e sonhar.
E para os que não sonham:
Não pisem nas flores que deixaremos pelo caminho.
quarta-feira, 25 de março de 2009
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