quinta-feira, 9 de julho de 2009
Caro coração
Parece que neste coração cabem muitas reticências...
Solilóquios mudos
E grandes pontos de interrogação imersos sobre exclamações interrompidas.
“Inútil você resistir ou mesmo suicidar-se” diz o poeta na tela do computador,
E eu pensei em não falar sobre “eus”
Talvez refletir sobre algo mais importante
Talvez não falar de amor
Amor este que vai e volta
Basta abrir a porta
E dizer palavras doces.
Meu coração quer se entregar
Samba-canções adora ouvir
É burro feito mocinha de romance
E se você caso queira dar uma chance
É capaz de fazê-lo se apaixonar.
Talvez se outro coração quisesse se entender com o meu
Não seria mais trágico ouvir melodias
E nem seria triste o dia de São Valentim,
Talvez se o coração que meu coração tanto quer
Pudesse ouvi-lo
Diria que essas batidas não são em vão.
Será que ele diria?
Será que o meu ainda quer?
Será que lá fora o frio esquenta?
Apenas imagino...
E enquanto isso
Este coração continua só.
“Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe” (Caio F. Abreu).
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