segunda-feira, 13 de julho de 2009
Pálida visão
Se a noite me trouxesse uma visão
Tão clara quanto a luz da lua
Sob o copo de cerveja nítido de amarelo,
Um deslocar de girassol
Girando para mim
Como um rosto amarelo de nitidez.
Nítido seria esse destino
E haveria paz nas casas, nas ruas e nos prédios.
Haveria uma escolha
E não haveria hipóteses.
Uma visão
Certa como a certeza que o sol tem de tomar o lugar da lua
Certa como a normalidade
A rotina das madrugadas,
Sem a angústia de decidir
Entre o vácuo e o vazio
Uma visão
Como quando dois pares de olhos acesos se encontram
Amarelados por algum desejo distraído
Amarelados de álcool e cevada
Amarelos
De uma palidez insossa
Que reflete em cada copo uma cor
Tomada com gosto por quem também procura
A mesma visão.
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