domingo, 29 de novembro de 2009

Reescrevendo a folha em branco


Dentro do tempo
Vi a velha máquina
Tão velha quanto o rosto refletido
No espelho adormecido.
Senti saudades da beleza pronunciada
Acorda espelho!
Diz se existe alguém mais bonito que eu?

Meus dedos tortos de juventude
Minha mão ágil de aventuras juvenis
Endireitei o espelho para ver a folha em branco
E criar um passado já passado
E lembrar de novo o que se foi


Olho o branco com mil possibilidades de ser
Mas só o ruído da máquina
Com vogais e consoantes
Brigando entre si
Para resgatar aquela antiga beleza
Presa no castelo da bruxa memória.

Escrevo então como um velho que sou
E resgato a beleza da minha juventude
Assim faço o presente vivo
E o passado morto
De saudade ou de tempo.
Vivo
E não quero mais rejuvenescer.


Por Saulo e Lella

Um comentário:

Saulo de Tasso disse...

Amei a experiência de composição coletiva. Ficou lindo!! hahahaha