sábado, 31 de janeiro de 2009

Entre as ruas

Ruas estranhas passam na noite
árvores mortas contam o tempo
e rostos sorridentes brindam
a felicidade falsa.
Me perdi entre estas ruas
a procurar algo que não quero encontrar
me perdi entre as ruas
e os rostos sorridentes me convidaram para dançar
sob as luzes de postes
e a segurança de portões
repeti as músicas para dançar mais uma vez
e encontrar
o que deixei em alguma gaveta.
As poesias fugiram
me deixaram dançando com outros gêneros
e os bares cheios para mim parecem vazios
não sei porque
não consigo lembrar o que quero
entre as ruas
todo silêncio constrange
e os rostos sorridentes
não querem parar de dançar e esquecer
me olham tentadores
e meu olhar tenta fugir do vazio
que buscou em algum momento.
Minhas mãos buscam entender
porque meu coração se afasta
a cada dia
da casa que me aconchegava
meus pés ainda sabem o endereço
mas de tanto entorpecer meu corpo
andam tortos
porque nestas ruas
se esquecem
e não voltam
acabam dormindo
em uma rua qualquer.

Um comentário:

bocadepoema disse...

muito bom mesmo...
eu sou fã né!