sábado, 10 de janeiro de 2009

Janelas


Feche a janela
só quero ouvir o barulho do vento,
se o calor não passar
que fique.
Logo a cidade muda
e as pessoas
não.
Temos que trancar todas as janelas
mesmo que fique abafado.
Quando o amor encontra o vazio
ele foge.
Mas há dias em que o tempo muda,
chove numa terra seca,
igual aquela que o moço falou.
Há dias em que as noites são longas,
há dias de chuva com sol,
Casamento da raposa.
Mas janelas são feitas para abrir,
e meu coração tem janelas que só abrem por quem tem a chave.
Qualquer dia desses eu tranco uma
e jogo a chave fora.
Para o lado de dentro.
Para que só eu consiga abrir ou fechar.
Se fosse possível ser dono do próprio coração...
Faria cercas no meu para que não arrancassem as rosas de seu jardim.
Regaria com água de chuva todos os dias,
ao invés de lágrimas,
e deixaria uma janela sempre aberta para que entrasse o sol.
Quando voltam para abrirem as janelas?
O moço falou que isso as vezes demora.
Tomara que não esqueçam,
no escuro não dá para ver coisa alguma
e o calor vai ficar insuportável,
logo vou ter que abrir uma janela.
Mas aonde estão as chaves?

3 comentários:

bocadepoema disse...

é sempre um prazer ler vc!

Saulo de Tasso disse...

Eu tenho uma chave!!
huaahaauahua

Lella Cristina. disse...

kkkkkk Tem mesmo Saulinho!
Alguém abra por favor!!!